terça-feira, 21 de junho de 2011




Inverno

Jamais pensei que
Com felicidade,
Esperaria esta estação.

É a desculpa mais gostosa
Para buscar seu corpo
Que me dá
O calor que aquece,
Que abriga minha nudez,
Que desvia
Os arranhões do vento
Do frio...
Da solidão...

Hoje começa o inverno,
Que desce seu manto
Em nuvens de algodão
ou bolas de creme?
Sabor doce e gélido
De que me delicio
Nas noites, nas manhãs
Nessa tarde de céu azul e límpido.

O vinho encorpado ao dorso da língua
Aquela massa fumegante
Antecedem o momento mais esperado,
De testemunhas
Só as estrelas,
De cúmplices
Os suspiros, o gemido.

Frio e calor
Antítese?
Não apenas inverno.
(Claudinéa da Silva)

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