segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz 2012!!!

No meu coração

Deus me entregou bem mais do que mereço
talvez seja por isso
que eu me cobre um pouco mais
não que eu não seja capaz
mas, às vezes é difícil

nem sempre sei fazer o bem que eu desejo
e, às vezes, eu me vejo
me enganando sempre mais
não que eu não queira acertar
mas nem sempre é possivel

já me condeno tanto
pelos erros que na vida cometi
pelas vezes que eu não soube decidir
e assim, meu coração gritava
desespero de quem ama
coração, tu que estás dentro em meu peito
me condenas desse jeito
e eu não sei por qual motivo
se és divina voz em mim
só te peço, por favor, eu sou humano
não me condenes assim

humano eu sou assim: virtudes e limites
se agora me permites
eu pretendo ser feliz
sem prender-me ao que não fiz
mas olhando o que é possivel

a dor que, às vezes, vem
me faz feliz também
pois nela me recordo
o valor que tem a cruz
quando a noite esconde a luz
Deus acende as estrelas!

((Pe. Fábio de Melo))

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011


Casa Arrumada


Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)


Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.



Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Borboletas, Mário Quintana

http://youtu.be/I3MIxBUBLdU

terça-feira, 21 de junho de 2011




Inverno

Jamais pensei que
Com felicidade,
Esperaria esta estação.

É a desculpa mais gostosa
Para buscar seu corpo
Que me dá
O calor que aquece,
Que abriga minha nudez,
Que desvia
Os arranhões do vento
Do frio...
Da solidão...

Hoje começa o inverno,
Que desce seu manto
Em nuvens de algodão
ou bolas de creme?
Sabor doce e gélido
De que me delicio
Nas noites, nas manhãs
Nessa tarde de céu azul e límpido.

O vinho encorpado ao dorso da língua
Aquela massa fumegante
Antecedem o momento mais esperado,
De testemunhas
Só as estrelas,
De cúmplices
Os suspiros, o gemido.

Frio e calor
Antítese?
Não apenas inverno.
(Claudinéa da Silva)

segunda-feira, 13 de junho de 2011



Recados de Homem e Mulher



12 de junho de 2011

Um único dia
não é suficiente
para comemorar
a benção
que é ter você!!!

Teus olhos,
tuas mãos,
tua boca.

Teu cheiro...
enlouquecedor!!!

O calor do seu corpo
que me entorpece!!!

Todas as vezes que
te olho nos olhos
é como se estivesse
à beira mar,
a beleza da paisagem
que acalma
e a fúria das águas
que amedronta,
medo não, desejo...

Adoro seu carinho mansinho,
seus beijos ardentes,
seu sussurro.

Saber que tenho
um companheiro,
um amigo,
um cúmplice,
um amante,
vários homens,
num só?
Ou um homem com várias
facetas?

A única certeza que tenho
é que a felicidade
esteve e está nas coisas
mais simples da vida,
por isso,
seu sorriso diz tanto,
seu olhar me confundi,
suas palavras não professam,
mas...
entendo, compreendo,
concordo, acordo.

Assim...

Juntos.

(Claudinéa da Silva)


Recados de Paixão



Recados de Mulheres Sensuais



POEMA FEMININO*

*Que mulher nunca teve*
*Um sutiã meio furado,*
*Um primo meio tarado,*
*Ou um amigo meio viado?*

*Que mulher nunca tomou*
*Um fora de querer sumir,*
*Um porre de cair*
*Ou um lexotan para dormir?*

*Que mulher nunca sonhou*
*Com a sogra morta, estendida,*
*Em ser muito feliz na vida*
*Ou com uma lipo na barriga?*

*Que mulher nunca pensou*
*Em dar fim numa panela,*
*Jogar os filhos pela janela*
*Ou que a culpa era toda dela?*

*Que mulher nunca penou*
*Para ter a perna depilada,*
*Para aturar uma empregada*
*Ou para trabalhar menstruada?*

*Que mulher nunca comeu*
*Uma caixa de Bis, por ansiedade,*
*Uma alface, no almoço,por vaidade*
*Ou, um canalha por saudade?*

*Que mulher nunca apertou*
*O pé no sapato para caber,*
*A barriga para emagrecer*
*Ou um ursinho para não enlouquecer?*

*Que mulher nunca jurou*
*Que não estava ao telefone,*
*Que não pensa em silicone*
*Que 'dele' não lembra nem o nome?*

quarta-feira, 1 de junho de 2011



Recados de Crianças



Se eu tivesse que escolher uma palavra
- apenas uma -
para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje,
essa palavra seria um verbo de quatro sílabas:
descomplicar.
Depois de infinitas (e imensas) conquistas,
acho que está passando da hora de aprendermos
a viver com mais leveza:
exigir menos dos outros e de nós próprias,
cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa,
olhar menos para o espelho.

Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão
falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial
da mulher moderna.
Amizade, por exemplo.
Acostumadas a concentrar nossos
sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas,
acabamos deixando as amigas em segundo plano.

E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher
quanto a convivência com as amigas.
Ir ao cinema com elas
(que gostam dos mesmos filmes que a gente),
sair sem ter hora para voltar,
compartilhar uma caipivodca de morango
e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes
- isso, sim, faz bem para a pele.

Para a alma, então, nem se fala.

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez
(desligue o celular, se for preciso)
e desfrute os prazeres que só uma
boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário
duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino:
pausa e silêncio.

Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos,
três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia
- não importa -
e a ficar em silêncio.

Essas pausas silenciosas nos permitem refletir,
contar até 100 antes de uma decisão importante,
entender melhor os próprios sentimentos,
reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.
Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão
de uma mulher mal-humorada.
Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas
do nosso dia a dia.
Se for preciso, pegue uma comédia na locadora,
preste atenção na conversa de duas crianças,
marque um encontro com aquela amiga engraçada
- faça qualquer coisa, mas ria.
O riso nos salva de nós mesmas,
cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado:
mulheres que falam em regime o tempo
todo costumam ser péssimas companhias.

Deixe para discutir carboidratos
e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.
Nas mesas de restaurantes, nem pensar.

Se for para ficar contando calorias,
descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa
do companheiro de mesa com reprovação e inveja,
melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface
e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão?
Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que,
essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia:
gentileza.

Ter classe não é usar roupas de grife:
é ser delicada.
Saber se comportar
é infinitamente mais importante do que saber se vestir.

Resgate aquele velho exercício que anda esquecido:
aprenda a se colocar no lugar do outro,
e trate-o como você gostaria de ser tratada,
seja no trânsito, na fila do banco,
na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado,
na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser
indissociáveis da vida:
sonhar e recomeçar.

Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia,
o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?)
ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere...
sonhar é quase fazer acontecer.
Sonhe até que aconteça.

E recomece, sempre que for preciso:
seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.
A vida nos dá um espaço de manobra:
use-o para reinventar a si mesma.

E, por último
(agora, sim, encerrando),
risque do seu Aurélio a palavra perfeição.

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades,
inseguranças, limites.

Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita,
a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo,
a esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam,
bumbum que encara qualquer biquíni.
Mulheres reais são mulheres imperfeitas.
E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.
Viver não é
(e nunca foi)
fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem
(e a busca da perfeição pesa toneladas),
a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Leila Ferreira

terça-feira, 31 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011



Recados de Flores




A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

Charles Chaplin


Recados de Borboletas


Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar
a vida com paixão, perder
com classe e vencer com ousadia,
pois o triunfo pertence a quem se atreve...
A vida é muita para ser
insignificante.

Charles Chaplin

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sonho

Depois de um dia cheio
Trabalho...
Obrigações domésticas...
Academia...
Surgiu você.


Parecia um sonho
Seu olhar
Seu sorriso
Seu beijo
Sua voz doce
Seu toque quente e firme.

Dormi como um anjo.
Mas...
O que incomoda é o vazio
Do seu lado da cama.

(Claudinéa da Silva)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Ontem e hoje


O brilho no olhar
Já não é o mesmo.

Suas palavras embruteceram.

O sabor do beijo
Já não é doce.

O encaixe dos corpos
É perfeito, ou quase isso.
Mas não é o suficiente
Para manter aceso o prazer.

A distância dói,
A presença também.

Ontem paixão,
Hoje saudade,
Amanhã...


(Claudinéa da Silva)
Esconde-esconde

Brincadeira de criança
Ou coisa de adulto.

Lúdico ou
Estratégia de combate.

Gasto de energia ou
Hipocrisia, medo...

Esconder é mostrar
O que não é.

Dá tempo de esconder?
O que se quer viver?

Alguém disse que
A vida é curta,
Dá tempo de brincar de esconder?

Cuidado,
Passou...

(Claudinéa da Silva)


Opa!


Peguei o caminho errado
Pra chegar até você.

Pensei que seu coração estava livre,
Então entrei sem bater.
Lá dentro tinha alguém
Que insistia que ali era seu lugar
E você, por medo
Deixa tudo como está.

Opa!

Não vou me desculpar
Renegue o que já morreu
E viva o que hoje pertence a você.

(Claudinéa da Silva)




Certo ou errado

O sol brilha lá fora,
Aqui dentro, bem aqui,
No fundinho,
Onde ninguém vê,
Tá escuro e triste.

No rosto o sorriso
Que disfarça
A dor que estou sentindo.

No dedo a aliança,
Aliança que não representa aliança,
Seu brilho ofusca,
A lágrima cai.

No dedo a marca,
No peito a cicatriz,
No papel um sobrenome.


Certo?
Errado?
Quem tem a resposta?

(Claudinéa da Silva)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

CALÚNIA , DIFAMAÇÃO E INJÚRIA – DIFERENÇAS

Autor: Ricardo Canguçu Barroso de Queiroz
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O Cap. V do Título I da Parte Especial do Código Penal Brasileiro trata “Dos Crimes Contra a Honra” . O conceito de honra , abrange tanto aspectos objetivos , como subjetivos , de maneira que , aqueles representariam o que terceiros pensam a respeito do sujeito – sua reputação - , enquanto estes representariam o juízo que o sujeito faz de si mesmo – seu amor-próprio - . Na definição de Victor Eduardo Gonçalves a honra “é o conjunto de atributos morais , físicos e intelectuais de uma pessoa , que a tornam merecedora de apreço no convívio social e que promovem a sua auto-estima” .
Em tal Cap. temos a presença de três modalidades de crimes que violam a honra , seja ela objetiva ou subjetiva : a Calúnia ( art. 138 ) , a Difamação ( art. 139 ) e a Injúria ( art. 140 ) . Tais crimes são causadores de freqüentes dúvidas entre os profissionais da área jurídica , que , muitas vezes , acabam fazendo confusão entre aqueles .
Inicialmente , farei a exposição da definição de cada modalidade de crime com alguns exemplos , para , posteriormente , diferenciá-las.
A calúnia consiste em atribuir , falsamente , à alguém a responsabilidade pela prática de um fato determinado definido como crime . Na jurisprudência temos : “a calúnia pede dolo específico e exige três requisitos : imputação de um fato + qualificado como crime + falsidade da imputação” ( RT 483/371 ) . Assim , se “A” dizer que “B” roubou a moto de “C” , sendo tal imputação verdadeira , constitui crime de calúnia .A difamação , por sua vez , consiste em atribuir à alguém fato determinado ofensivo à sua reputação . Assim , se “A” diz que “B” foi trabalhar embriagado semana passada , constitui crime de difamação . A injúria , de outro lado , consiste em atribuir à alguém qualidade negativa , que ofenda sua dignidade ou decoro . Assim , se “A” chama “B” de ladrão , imbecil etc. , constitui crime de injúria .A calúnia se aproxima da difamação por atingirem a honra objetiva de alguém , por meio da imputação de um fato , por se consumarem quando terceiros tomarem conhecimento de tal imputação e por permitirem a retratação total , até a sentença de 1a Instância , do querelado ( como a lei se refere apenas a querelado , a retratação somente gera efeitos nos crimes de calúnia e difamação que se apurem mediante queixa , assim , quando a ação for pública , como no caso de ofensa contra funcionário público , a retração não gera efeito algum ) . Porém se diferenciam pelo fato da calúnia exigir que a imputação do fato seja falsa , e , além disso , que este seja definido como crime , o que não ocorre na difamação . Assim , se “A” diz que “B” foi trabalhar embriagado semana passada , pouco importa , se tal fato é verdadeiro ou não , afinal , o legislador quis deixar claro que as pessoas não devem fazer comentários com outros acerca de fatos desabonadores de que tenham conhecimento sobre essa ou aquela pessoa . da mesma forma, se “A” diz que “B” roubou a moto de “C” e tal fato realmente ocorreu o crime de calúnia não existe , pois o fato é atípico .A difamação se destingue da injúria , pois a primeira é a imputação à alguém de fato determinado , ofensivo à sua reputação – honra objetiva - , e se consuma , quando um terceiro toma conhecimento do fato , diferentemente da segunda em que não se imputa fato , mas qualidade negativa , que ofende a dignidade ou o decoro de alguém – honra subjetiva - , além de se consumar com o simples conhecimento da vítima . Na jurisprudência temos : “na difamação há afirmativa de fato determinado , na injúria há palavras vagas e imprecisas” ( RT 498/316 ) . Assim , se “A” diz que “B” é ladrão , estando ambos sozinhos dentro de uma sala , não há necessidade de que alguém tenha escutado e consequentemente tomado conhecimento do fato para se constituir crime de injúria .Temos , em comum , entre as três modalidade de crime contra a honra os seguintes fatos : a) a possibilidade de pedido de explicações , ou seja , quando a vítima ficar na dúvida acerca de ter sido ou não ofendida ou sobre qual o real significado do que contra ela foi dito , ela poderá fazer requerimento ao juiz , que mandará notificar o autor da imputação a ser esclarecida e , com ou sem resposta , o juiz entregará os autos ao requerente , de maneira que se , após isso a vítima ingressa com queixa , o juiz analisará se recebe ou rejeita , levando em conta as explicações dadas e b) o fato de regra geral a ação penal ser privada , salvo no caso de ofensa ser feita contra a honra do Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro , em que será pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça ; no caso de ofensa à funcionário público , sendo tal ofensa referente ao exercício de suas funções , em que será pública condicionada à representação do ofendido e no caso de na injúria real resultar lesão corporal , em que será pública incondicionada . Haja visto a freqüência da incidência de tais crimes no cotidiano , e necessária saber diferenciá-los , para , assim , evitar confusão na hora da elaboração da queixa-crime e evitar aquelas famosas queixas-crime genéricas , em que mesmo a vítima tendo sido sujeitada à uma modalidade , os advogados , por falta de conhecimento , colocam logo que “fulano foi vítima de calúnia difamação e injúria” .
BIBLIOGRAFIA :

1 – JESUS , Damásio E. de – Direito Penal : Parte Especial , 2o vol. – São Paulo : Saraiva , 1999 .
2 – GONÇALVES , Victor Eduardo – Direito Penal : dos Crimes Contra a Pessoa – São Paulo : Saraiva , 1999 .
3 – DELMANTO , Celso – Código Penal Comentado – Rio de Janeiro : Renovar , 1998 .
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Autor: Ricardo Canguçu Barroso de Queiroz

Acadêmico de Direito