quarta-feira, 22 de junho de 2011

Borboletas, Mário Quintana

http://youtu.be/I3MIxBUBLdU

terça-feira, 21 de junho de 2011




Inverno

Jamais pensei que
Com felicidade,
Esperaria esta estação.

É a desculpa mais gostosa
Para buscar seu corpo
Que me dá
O calor que aquece,
Que abriga minha nudez,
Que desvia
Os arranhões do vento
Do frio...
Da solidão...

Hoje começa o inverno,
Que desce seu manto
Em nuvens de algodão
ou bolas de creme?
Sabor doce e gélido
De que me delicio
Nas noites, nas manhãs
Nessa tarde de céu azul e límpido.

O vinho encorpado ao dorso da língua
Aquela massa fumegante
Antecedem o momento mais esperado,
De testemunhas
Só as estrelas,
De cúmplices
Os suspiros, o gemido.

Frio e calor
Antítese?
Não apenas inverno.
(Claudinéa da Silva)

segunda-feira, 13 de junho de 2011



Recados de Homem e Mulher



12 de junho de 2011

Um único dia
não é suficiente
para comemorar
a benção
que é ter você!!!

Teus olhos,
tuas mãos,
tua boca.

Teu cheiro...
enlouquecedor!!!

O calor do seu corpo
que me entorpece!!!

Todas as vezes que
te olho nos olhos
é como se estivesse
à beira mar,
a beleza da paisagem
que acalma
e a fúria das águas
que amedronta,
medo não, desejo...

Adoro seu carinho mansinho,
seus beijos ardentes,
seu sussurro.

Saber que tenho
um companheiro,
um amigo,
um cúmplice,
um amante,
vários homens,
num só?
Ou um homem com várias
facetas?

A única certeza que tenho
é que a felicidade
esteve e está nas coisas
mais simples da vida,
por isso,
seu sorriso diz tanto,
seu olhar me confundi,
suas palavras não professam,
mas...
entendo, compreendo,
concordo, acordo.

Assim...

Juntos.

(Claudinéa da Silva)


Recados de Paixão



Recados de Mulheres Sensuais



POEMA FEMININO*

*Que mulher nunca teve*
*Um sutiã meio furado,*
*Um primo meio tarado,*
*Ou um amigo meio viado?*

*Que mulher nunca tomou*
*Um fora de querer sumir,*
*Um porre de cair*
*Ou um lexotan para dormir?*

*Que mulher nunca sonhou*
*Com a sogra morta, estendida,*
*Em ser muito feliz na vida*
*Ou com uma lipo na barriga?*

*Que mulher nunca pensou*
*Em dar fim numa panela,*
*Jogar os filhos pela janela*
*Ou que a culpa era toda dela?*

*Que mulher nunca penou*
*Para ter a perna depilada,*
*Para aturar uma empregada*
*Ou para trabalhar menstruada?*

*Que mulher nunca comeu*
*Uma caixa de Bis, por ansiedade,*
*Uma alface, no almoço,por vaidade*
*Ou, um canalha por saudade?*

*Que mulher nunca apertou*
*O pé no sapato para caber,*
*A barriga para emagrecer*
*Ou um ursinho para não enlouquecer?*

*Que mulher nunca jurou*
*Que não estava ao telefone,*
*Que não pensa em silicone*
*Que 'dele' não lembra nem o nome?*

quarta-feira, 1 de junho de 2011



Recados de Crianças



Se eu tivesse que escolher uma palavra
- apenas uma -
para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje,
essa palavra seria um verbo de quatro sílabas:
descomplicar.
Depois de infinitas (e imensas) conquistas,
acho que está passando da hora de aprendermos
a viver com mais leveza:
exigir menos dos outros e de nós próprias,
cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa,
olhar menos para o espelho.

Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão
falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial
da mulher moderna.
Amizade, por exemplo.
Acostumadas a concentrar nossos
sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas,
acabamos deixando as amigas em segundo plano.

E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher
quanto a convivência com as amigas.
Ir ao cinema com elas
(que gostam dos mesmos filmes que a gente),
sair sem ter hora para voltar,
compartilhar uma caipivodca de morango
e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes
- isso, sim, faz bem para a pele.

Para a alma, então, nem se fala.

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez
(desligue o celular, se for preciso)
e desfrute os prazeres que só uma
boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário
duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino:
pausa e silêncio.

Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos,
três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia
- não importa -
e a ficar em silêncio.

Essas pausas silenciosas nos permitem refletir,
contar até 100 antes de uma decisão importante,
entender melhor os próprios sentimentos,
reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.
Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão
de uma mulher mal-humorada.
Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas
do nosso dia a dia.
Se for preciso, pegue uma comédia na locadora,
preste atenção na conversa de duas crianças,
marque um encontro com aquela amiga engraçada
- faça qualquer coisa, mas ria.
O riso nos salva de nós mesmas,
cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado:
mulheres que falam em regime o tempo
todo costumam ser péssimas companhias.

Deixe para discutir carboidratos
e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.
Nas mesas de restaurantes, nem pensar.

Se for para ficar contando calorias,
descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa
do companheiro de mesa com reprovação e inveja,
melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface
e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão?
Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que,
essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia:
gentileza.

Ter classe não é usar roupas de grife:
é ser delicada.
Saber se comportar
é infinitamente mais importante do que saber se vestir.

Resgate aquele velho exercício que anda esquecido:
aprenda a se colocar no lugar do outro,
e trate-o como você gostaria de ser tratada,
seja no trânsito, na fila do banco,
na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado,
na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser
indissociáveis da vida:
sonhar e recomeçar.

Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia,
o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?)
ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere...
sonhar é quase fazer acontecer.
Sonhe até que aconteça.

E recomece, sempre que for preciso:
seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.
A vida nos dá um espaço de manobra:
use-o para reinventar a si mesma.

E, por último
(agora, sim, encerrando),
risque do seu Aurélio a palavra perfeição.

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades,
inseguranças, limites.

Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita,
a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo,
a esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam,
bumbum que encara qualquer biquíni.
Mulheres reais são mulheres imperfeitas.
E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.
Viver não é
(e nunca foi)
fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem
(e a busca da perfeição pesa toneladas),
a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Leila Ferreira