quarta-feira, 30 de março de 2011

Ontem e hoje


O brilho no olhar
Já não é o mesmo.

Suas palavras embruteceram.

O sabor do beijo
Já não é doce.

O encaixe dos corpos
É perfeito, ou quase isso.
Mas não é o suficiente
Para manter aceso o prazer.

A distância dói,
A presença também.

Ontem paixão,
Hoje saudade,
Amanhã...


(Claudinéa da Silva)
Esconde-esconde

Brincadeira de criança
Ou coisa de adulto.

Lúdico ou
Estratégia de combate.

Gasto de energia ou
Hipocrisia, medo...

Esconder é mostrar
O que não é.

Dá tempo de esconder?
O que se quer viver?

Alguém disse que
A vida é curta,
Dá tempo de brincar de esconder?

Cuidado,
Passou...

(Claudinéa da Silva)


Opa!


Peguei o caminho errado
Pra chegar até você.

Pensei que seu coração estava livre,
Então entrei sem bater.
Lá dentro tinha alguém
Que insistia que ali era seu lugar
E você, por medo
Deixa tudo como está.

Opa!

Não vou me desculpar
Renegue o que já morreu
E viva o que hoje pertence a você.

(Claudinéa da Silva)




Certo ou errado

O sol brilha lá fora,
Aqui dentro, bem aqui,
No fundinho,
Onde ninguém vê,
Tá escuro e triste.

No rosto o sorriso
Que disfarça
A dor que estou sentindo.

No dedo a aliança,
Aliança que não representa aliança,
Seu brilho ofusca,
A lágrima cai.

No dedo a marca,
No peito a cicatriz,
No papel um sobrenome.


Certo?
Errado?
Quem tem a resposta?

(Claudinéa da Silva)